A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, mais conhecida como Correios, é uma das três instituições mais confiáveis do Brasil e é considera a entidade federal mais presente no território nacional. Apesar disso, a empresa faz parte de uma lista de estatais com possibilidade para ser privatizada pelo Governo Jair Bolsonaro. Por isso, deputados estaduais e federais, trabalhadores do setor, sindicalistas, movimentos sociais e sociedade civil estiveram presentes no Ato Público em Defesa dos Correios na Assembleia Legislativa da Bahia. Com o lema “Todos pelos Correios e contra a Privatização”, a ação aconteceu nesta quinta-feira, dia 26, e foi promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia (Sincotelba) com o apoio da Bancada do PT na Alba.
Sendo a única empresa brasileira presente nos 5.570 municípios do país e com quase 100 mil empregos diretos, além dos indiretos, o líder do PT na Alba, deputado Marcelino Galo, definiu como absurda a possibilidade de privatização da empresa, assim como tantas outras ações e decisões do então presidente Jair Bolsonaro. “Esta empresa é o principal instrumento de integração da nossa nação. Ela presta um serviço para toda a população brasileira e sua privatização tornará os serviços mais caros. Apenas 300 municípios tem o rendimento suficiente para tais serviços. O que acontecerá com os demais municípios brasileiros? A luta pela soberania nacional e o fortalecimento das nossas empresas é prioridade para a Bancada do PT na Alba. Este governo pretende usurpar toda a riqueza gerada pela classe trabalhadora e pelo povo brasileiro”, declarou Marcelino Galo.
Para o deputado Jacó, os Correios tem um papel fundamental nos municípios baianos e a privatização irá prejudicar e muito a vida da população no interior. “Privatizar os Correios será um prejuízo não apenas para os funcionários da empresa, mas para toda a sociedade. Quem comprar os Correios só quer saber de ganhar dinheiro e não em servir a sociedade”. Também presente no ato, a deputada Neusa Cadore reforçou o quanto as decisões do atual governo, como a Reforma da Previdência, a entrega da Petrobras e a possível privatização das estatais, são ruins para o Brasil. “Privatizar os Correios é muito ruim para o nosso país. As estatais registraram um lucro de R$ 70 bilhões. Nosso maior desafio agora, para vencer esta batalha, é seguir os passos desses funcionários e fazer o que os Correios fazem a vida toda, que é levar a nossa mensagem de resistência para todas as pessoas e em todos os cantos do Brasil. Nós temos que ser resistência”, enfatizou a deputada.
O líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Rosemberg Pinto, reafirmou o compromisso parlamentar na luta contra a privatização das estatais. “Notamos que não é apenas o desmonte das estatais que este Governo Federal quer, mas sim a desnacionalização do patrimônio. Vamos enfrentar muita dificuldade nessa caminhada. Seja na luta pela Petrobras, pelo Banco do Brasil, pela Caixa Econômica e pelos Correios. Mas, iremos lutar para que o projeto deste governo em vigor não tenha sucesso. E que possamos interromper este presidente, que não tem responsabilidade com o povo brasileiro. Temos muito orgulho dos Correios e de todos esses trabalhadores que tornaram esta empresa a de maior reputação no Brasil”, declarou Rosemberg Pinto.
A deputada Fátima Nunes lamentou o quanto as ações e políticas públicas para melhorar a vida dos brasileiros deixaram de ser prioridades com este novo governo. “Podíamos estar aqui aprovando novas ações e mais direitos para a nossa sociedade, que é tão marcada pela desigualdade social. Avançamos e conquistamos muitas melhorias no Governo Lula e Dilma, mas agora vivenciamos a perda dos nossos direitos com este governo. Não podemos parar de lutar”.
No ato público, a classe trabalhadora destacou que os motivos relatados pelo Governo Federal, para justificar a privatização, não são reais. Segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Bahia (Sincotelba), os Correios possuem uma situação financeira equilibrada, serviços de qualidade reconhecida e uma infraestrutura logística montada e em pleno funcionamento em todo o país.
“São 350 anos de existência dos Correios. Em um país com dimensões tão complexas, cumprimos o nosso papel social que é estar presente em 5.570 municípios do Brasil. Somos uma empresa pública que não foi feita para dar lucro, mas que ainda assim dá. Iremos lutar para garantir a não privatização dos Correios”, declarou o presidente do Sincotelba, Josué Canto. Para a Diretora da Federação Nacional dos Correios, Lucila Correia, é importante destacar que a empresa não pode ser vista ou lembrada apenas pelas cartas, mas também pelas encomendas e serviço social. “O Correios é uma empresa do povo. É uma empresa de integração nacional”.
Também estiveram presentes no ato o deputado federal Nelson Pelegrino (PT), a vereadora de Salvador, Marta Rodrigues (PT) e o presidente da Central Única dos Trabalhadores da Bahia (CUT-BA), Cedro Silva.
Assessoria de Comunicação do PT na Alba