Prisão de deputada na Argélia mobiliza partidos e entidades de esquerda no Brasil

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Quando a luta é por liberdade e defesa dos direitos humanos, não importa se ela se dá do outro lado do oceano. E foi esse o sentimento que predominou na coletiva de imprensa realizada na quarta-feira, dia 25, no Plenarinho da Assembleia Legislativa da Bahia, com a presença de parlamentares e representantes de partidos de esquerda, centrais sindicais, coletivos de juventude e movimentos sociais. Ele se reuniram para denunciar a prisão política da secretária geral do PT da Argélia, Luisa Hanune, condenada a 15 anos por resistir ao regime em curso no seu país.

“A luta da companheira Hanune é a nossa luta. O que acontece lá tem muita semelhança com o nosso país, e o Brasil não pode virar uma Argélia governada por militares”, disse o deputado estadual Jacó (PT) na abertura do evento.

Resumidamente, o deputado petista descreveu o atual quadro político da Argélia, país mergulhado em problemas desde que o ex-presidente Buterflica iniciou a briga por mais um mandato (após 20 anos no poder), seguida da ocupação das ruas pelo povo e tomada do governo pelos militares. A prisão de Luisa, 65 anos, cinco vezes deputada federal e candidata a presidente, ocorre nesse ambiente de perseguição e repressão. E com o agravante de ter ela problemas de saúde e visitas restritas do advogado e da família.

A coletiva contou ainda com a participação da deputada estadual Maria Del Carmen (PT); do 1º secretário do PSB, Rodrigo Hita; do ex-deputado estadual e dirigente do PCdoB, Javier Alfaya; de Ademário Costa (presidente eleito do PT Salvador); Gilberto Leal (Conen); Iracema Moura (MSTS); Brenda Sousa (Juventude Revolução do PT); Edenice Santana (Movimento Negro); Paulo Riela (Executiva PT BA e Comitê Estadual Diálogo e Ação Petista) e Cedro Silva (CUT-BA).

Todos juntaram-se ao coro em defesa da líder africana e apontaram as similaridades entre o seu processo e o do ex-presidente Lula em matéria de violação de direitos humanos. Na opinião de Paulo Riela, a situação da Argélia é diferente da do Brasil, “mas temos um governo autoritário que também precisa ser combatido”. “O povo argelino na rua nos coloca um desafio porque saiu em massa para questionar o sistema. É importante difundir essa campanha em todos os locais, porque queremos Luisa livre e Lula Livre”, concluiu.

A campanha pela libertação de Luisa Hanune, presa desde o dia 9 de maio, já se estende por 92 países. Também nesta quarta-feira, em Brasília, houve um ato em frente à embaixada da Argélia. Partidos, personalidades, ativistas e entidades engrossaram o grito de resistência.

Assessoria de Comunicação do Deputado Jacó