Uma das pessoas mais importantes para a conquista da Independência da Bahia, Joana Angélica de Jesus foi abadessa do Convento da Lapa, em Salvador, e salvou todas as freiras que estavam no local em fevereiro de 1822, quando tropas portuguesas invadiram o convento. Com medo das irmãs serem abusadas pelos soldados lusitanos, Joana Angélica ordenou que todas fugissem pelos fundos do Convento da Lapa, e se colocou na frente do portão de ferro para impedir a invasão. Seu ato de coragem custou-lhe a vida. Joana Angélica foi assassinada pelos soldados portugueses com um golpe de baioneta. A bravura da abadessa a tornou mártir pela Independência da Bahia, que só ocorreu no ano seguinte, no dia 2 de julho de 1823.
Símbolo de resistência, Joana Angélica nasceu em Salvador, no ano de 1761. Ao longo da sua vida religiosa foi escrivã, mestra de noviças, conselheira, vigária e abadessa, seu último cargo. Na capital baiana, no mesmo local onde fica o histórico Convento da Lapa, está localizada a avenida que leva o nome da freira, Avenida Joana Angélica, situado no bairro de Nazaré.