O deputado estadual Joseildo Ramos (PT), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia, afirmou, nesta segunda-feira (21), que a democracia brasileira está ameaçada. O parlamentar criticou o “açodamento” das decisões no âmbito da operação Lava-Jato, com atos políticos de magistrados e divulgação ilegal de grampos. “Não estamos aqui para defender quaisquer cidadãos que cometam ilicitudes, mas magistrado não inventa lei. Por isso que temos a Carta Magna e um Estado de pleno direito. O que acontece sem a luz da Constituição é a barbárie”, alertou.
O deputado destacou que alguns procedimentos da Lava-Jato desrespeitam a dignidade humana e afrontam a constituição brasileira. Para ele, a pressa do juiz Sérgio Moro em liberar conversas privadas e, sem constatação de crime, é, no mínimo, suspeita. “Não queremos experimentar dias sombrios, dias de chumbo, de uma população convulsionada pela mídia. Se não fosse Lula, não haveria grito de perplexidade diante de tantos sequestros disfarçados de conduções coercitivas”, criticou.
Impeachment
Para Joseildo, o processo de impeachment da presidente Dilma Roussef não tem qualquer fundamento jurídico e serve, na verdade, como atalho da oposição para retomar ao poder. “Quem está capitaneando o impeachment, sem uma afirmação segura de irregularidade, é um réu do STF sob ameaça de ser preso. A figura da oposição que quer o impeachment foi impedida pelo povo de falar nas manifestações porque ele não é nenhum exemplo moral”, concluiu.