#MulheresdeCoragem: A história de Maria Quitéria

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A série especial #MulheresdeCoragem homenageia Maria Quitéria, mais um símbolo da Independência da Bahia na luta contra a exploração de Portugal. Tendo uma história que se mistura com a do Brasil, a heroína baiana nasceu no ano de 1792, em Feira de Santana. Tornou-se a primeira mulher a integrar o exército e lutar nos batalhões e trincheiras contra as tropas lusitanas. Se trajando como soldado e usando o nome do cunhado José Cordeiro de Medeiros, Maria Quitéria esteve como combatente nas batalhas de Itapuã, Ilha de Maré e Pirajá.

Apesar de pertencer a uma família abastada com forte descendência de Portugal, Maria Quitéria não frequentou a escola. Gostava de praticar montaria, cuidar das irmãs, caçar e manejar armas. Mesmo com a recusa de seu pai, voluntariamente se alistou, sendo descoberta por ele e tendo sua identidade desmascarada duas semanas depois. Diante da situação, o major Silva e Castro a incorporou ao batalhão, devido ao seu alto grau de disciplina, bravura e habilidades em guerra.

Após a conquista da Independência da Bahia, Maria Quitéria foi recebida pela população junto com outros soldados na chegada a Salvador. No mesmo ano, em 1823, foi condecorada no Rio de Janeiro, então capital do país, com a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul, onde recebeu a medalha das mãos do Imperador Dom Pedro I. Após os eventos, casou, teve uma filha e residiu entre Feira de Santana e Salvador. Feirense, Maria Quitéria recebeu diversas homenagens na sua cidade natal. Uma avenida e um monumento levam seu nome. Além disso, nas repartições militares é obrigatório o uso do seu retrato na parede. Em 2017, foi homenageada no carnaval paulistano pela Escola de Samba Unidos do Peruche. Morreu no dia 21 de agosto de 1853 e seus restos mortais estão guardados na recém restaurada Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e Sant’Ana, em Nazaré (Salvador).