O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelino Galo (PT), apresentou, na manhã desta segunda-feira (8), moção de pesar pelo assassinato do compositor e capoeirista Romualdo Rosário da Costa, o Moa do Katendê. O homicídio ocorreu na madrugada deste domingo (7), em um bar no bairro de Engenho Velho de Brotas, em Salvador. O desentendimento teria ocorrido após discussão sobre política.
Também o irmão de Moa, Germínio do Amor Divino, de 51 anos, foi atingido com um golpe de faca no braço direito durante a confusão. Testemunhas identificaram o autor das facadas como Paulo Sérgio Ferreira, suposto militante do PSL, partido do candidato Jair Bolsonaro.
Galo falou da importância do artista baiano, solidarizou-se com sua família e repudiou as tentativas de cerceamento da democracia e a utilização da violência como prática civilizatória.
“Moa do Katendê é uma referência na cultura baiana no Brasil e no mundo. Este é um crime fruto do ódio, da intolerância e da violência que os fascistas tentam impor ao Brasil. Não vão nos calar. Não queremos que o ódio, o racismo, o machismo, a xenofobia e a homofobia governem nosso país, porque esta, lamentavelmente, é a prova prática de que eles não sabem conviver com a divergência de ideias, com a pluralidade de opiniões, com a democracia”, lamentou.
BIOGRAFIA
Baiano de Salvador, iniciou-se na arte da capoeira aos oito anos de idade, na Academia Capoeira Angola 5 Estrelas, onde foi diplomado pelo mestre Bobó. Era, também, compositor, dançarino, ogã-percussionista, artesão e educador. Fundou o bloco Afoxé Badauê, que desfilou pela primeira vez no carnaval de 1979, inspirando Caetano Veloso a compor a música “Badauê” gravada no disco “Cinema Transcendental”.
No final deste mês, completaria 64 anos.
Fonte: Albanews