O começo da série #AHistóriaQueoBrasilQuerEsquecer mostrou, no seu primeiro dia (27), o alto índice de desempregados e desalentos após o golpe, que completa 2 anos nesta sexta-feira, 31 de agosto. Na edição de hoje (28), vamos falar sobre um dos principais causadores deste índice, a #ReformaTrabalhista.
Mesmo sob clamores e protestos do povo brasileiro, a Reforma Trabalhista foi sancionada pelo desgoverno de Michel Temer no dia 13 de julho de 2017. Com o objetivo de favorecer as grandes empresas e o capital estrangeiro, a Reforma reduziu os direitos dos trabalhadores, destruiu sindicatos e retrocedeu o país em quase 80 anos. Entre os efeitos, destaca-se o aumento do trabalho informal, conforme discutido anteriormente. Para quitar os débitos da crise, muitas empresas demitiram os funcionários mais antigos, que conseguiram incorporar ganhos salariais, e passou a contratar substitutos pelo piso salarial da categoria ou através da modalidade informal. O resultado gerou um caos econômico e um tenebroso índice de 7 milhões de desempregados no país. Sem uma significativa participação nos lucros, o trabalhador ficou sem expectativas e o seu rendimento também diminui. A Reforma Trabalhista também provocou uma crise nos sindicatos. Com o fim da contribuição sindical ficou claro que o objetivo da reforma é gerar o desmonte dos sindicatos. Assim, os direitos trabalhistas tornam-se ainda mais vulneráveis, já que o trabalhador é submetido a salários menores ou ao regime informal de contratação. Além disso, o projeto de lei alterou mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como, por exemplo, o aumento da jornada de trabalho e o parcelamento de férias em até 3 períodos em vez de 2.
Se engana quem acredita que a reforma vai continuar beneficiando as empresas, mesmo que estabilizem as suas contas e reduzam custos, o que vem sendo feito a partir de demissões, as mesmas não conseguiram gerar empregos por um longo tempo, muito menos aumentar a produtividade.