Jacó propõe criação de Plano Estadual de Prevenção ao Suicídio

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O deputado Jacó Lula da Silva (PT) apresentou projeto de lei, na Assembleia Legislativa, que institui, na Bahia, o Plano Estadual de Prevenção ao Suicídio. O objetivo do PL é identificar possíveis sintomas, tratar o transtorno mental ou psicológico e prover o acompanhamento de indivíduos que apresentem o perfil, minimizando a evolução dos quadros que podem chegar ao suicídio. Entre os transtornos apontados estão depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso de drogas.

O Plano Estadual de Prevenção ao Suicídio prevê, entre suas diretrizes, a promoção de palestras para os profissionais de saúde para identificar possíveis pacientes que se enquadrem no perfil; a exposição de cartazes apontando os eventuais sintomas, alertando para possível diagnóstico e aumentando o acesso público às informações sobre a prevenção de comportamento suicida; a implantação de canais de atendimento aos diagnosticados ou sintomáticos; o direcionamento de atividades para o público-alvo; e a criação de um sistema de coleta de dados, integrado a Secretaria Estadual de Saúde, a fim de identificar e monitorar possíveis casos, para avaliação e cuidado, promovendo a interdisciplinaridade entre os profissionais que irão atuar com o segmento.

DIÁLOGO

Jacó justificou a iniciativa em dados do relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) que alertam os governos para um “grande problema de saúde pública” não tratado e prevenido de maneira eficaz: o suicídio. “Segundo os estudos, o Brasil é o oitavo país com número de suicídios no mundo. Aqui, uma pessoa morre vítima de suicídio a cada 45 minutos, e ao menos outras 60 tentam tirar a própria vida, por dia”, informou.

Os grupos de maior risco apontados são pessoas com depressão e alcoolismo, que passam por crises profundas diante de situações estressantes da vida como desemprego, perdas financeiras e de entes queridos, término de relacionamento, abusos, além de doenças e dores crônicas.

Para o deputado, falar sobre suicídio pode abrir novas perspectivas. “Por isso é tão importante que a sociedade como um todo – família, amigos, escola e grupos de trabalho – esteja atenta aos menores sinais, disposta e preparada para discutir o tema e encaminhar a pessoa para um tratamento que trará um novo olhar sobre a vida e a vontade de prosseguir. Perceber os menores sinais pode fazer a diferença”, justificou.

 

Diário Oficial da Alba