“Presidenta, os órgãos subordinados ao governo, que pactuaram com posições como essa, ocorrida com a condução coercitiva do ex-presidente Lula, devem ter a repreensão necessária, do tamanho que for avaliado pelo seu governo, por terem descumprido as regras da legalidade”, exaltou Rosemberg, na tarde de hoje (07), no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia. Líder da bancada Petista da ALBA, Rosemberg demonstrou toda a sua indignação ao que chamou de “sequestro”. “Só posso achar que foi sequestro, uma vez que não existe esse instrumento de coerção para alguém que tinha se colocado, publicamente, por várias vezes, à disposição para prestar qualquer tipo de esclarecimento para a investigação da Operação Lava Jato”, indignou-se.
Para o parlamentar, se a constituição tem esse instrumento, “só posso creditar tudo o que foi feito pra justificar essa cinematografia, esse formato midiático, em um conluio com a Rede Globo de televisão. É lamentável que nós estejamos vivenciando situações como esta, em que as pessoas que têm a obrigação constitucional de defender as leis brasileiras se submetem a agir dessa forma. Lógico que o fato de ser o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trás uma repercussão maior, mas isso não pode ser admitido por nenhuma pessoa, com qualquer vinculação ideológica, de qualquer partido”, completou.
Segundo Rosemberg, o jornal Folha de São Paulo dessa segunda (07), coloca claramente o objetivo de toda ação: tornar o ex-presidente inelegível por 8 anos sob a posição de improbidade administrativa. “É inaceitável que um personagem da justiça brasileira se coloque à mercê de uma posição política de interesse de um determinado agrupamento político”, lamentou o deputado, que finalizou sua fala destacando que estaria agindo da mesma maneira se tivesse acontecendo com qualquer partido, uma vez que, segundo ele, cabe aos legisladores a defesa desse posicionamento.