Acervo de Paulo Jackson é doado à Fundação Pedro Calmon

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Natural de Caetité, o ex-deputado Paulo Jackson teve a política como propulsora de sua vida. Ao longo de quase cinco décadas, o renomado parlamentar construiu um importante legado, que, na próxima quarta-feira (09), será doado oficialmente à Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBA), por meio do Centro de Memória da Bahia (CMB).

A assinatura do termo acontece na Biblioteca Central do Estado da Bahia (BCEB/Barris) às 18h. O ato torna pública a doação dos mais de 4.500 itens com material iconográfico, manuscrito, museal, textual, impresso e sonoro, todos higienizados para serem catalogados de acordo com as normas internacionais de descrição arquivística.

A professora Joandina Maria de Carvalho, que relatou a trajetória do saudoso deputado Paulo Jackson no livro Um Oposionista na Política Baiana, está “feliz” com a atitude dos representantes da FPC, que se envolveram na iniciativa de  abrigar esse acervo, por tratar-se de uma coletânea de registros de fatos importantes para pesquisadores, estudantes, familiares, amigos e para a história.

“Os estudos que realizei durante o curto período do mestrado, utilizando fontes orais e escritas, me deram a certeza de estar pesquisando um acervo pessoal de grande interesse público, e sua memória de fato precisa ser incorporada à nossa história”, diz a autora do livro.

Já para o filho do deputado, Daniel Vilasboas, a ação possibilita à sociedade acessar documentos da história sindical, social, políticas baiana e brasileira nas quatro décadas do século passado, protagonizada pelo renomado parlamentar e humanista.

“Para a família de Paulo Jackson, a assinatura pública do termo de doação do acervo é um momento de júbilo pois expressa o reconhecimento institucional da importância do seu legado ético e da sua fundamental contribuição aos processos de defesa e construção da liberdade, democracia, justiça, dos direitos humanos, e da cidadania”, contempla Daniel.

Marcam presença no ato amigos, políticos e familiares do homenageado, o que, para o diretor do CMB, Walter Silva, possui fundamental significado. “O ato da doação de um acervo privado legitima a consciência da importância de se preservar a história e a memória de um personagem importante para o cenário político baiano”, frisa Walter.

Sobre o parlamentar – Paulo Jackson nasceu em 1952, no município de Caetité. Interior baiano. Formou-se em Engenharia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), e como resultado de lutas para a universalidade da água, levantou o Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto (SENDAE). Em 1990, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e tornou-se deputado estadual entre 1993 e 2000, ano que culminou a sua morte.

O Centro de Memória da Bahia (CMB), localizado na Avenida Sete de Setembro, tem como objetivo a difusão da história da Bahia, através da preservação e ordenação de arquivos privados e personalidades públicas, bem como a realização de exposições, seminários e cursos de formação gratuitos. O Memorial dos Governadores Republicanos da Bahia, localizado no Palácio Rio Branco, e a Casa de Cultura Afrânio Peixoto, em Lençóis, são espaços sob a supervisão da unidade.

Assessoria de Comunicação da Fundação Pedro Calmon