A deputada estadual Neusa Cadore (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia, classificou como perseguição e mais um ato autoritário de Bolsonaro o anúncio do corte de 30% na dotação orçamentária da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e de outra duas instituições.
“Quem promove balbúrdia e tem baixo desempenho é o governo Bolsonaro que não tem o mínimo de preocupação e respeito com a população. Essa perseguição às universidades é mais uma marca do autoritarismo e da ação ideológica que tenta censurar a liberdade de expressão e pensamento”, rebate Neusa.
Além da UFBA, o ministro da Educação, Abraham Weintrab, determinou também o corte de pelo menos 30% dos recursos da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), argumentando que as instituições permitiram supostos atos políticos, classificados por ele como “balbúrdia”.
“Minha solidariedade ao Reitor da Ufba, o professor João Carlos Salles, e a todos os discentes, docentes e funcionários que fazem a universidade plural e crítica, contribuindo para a transformação social”, disse Neusa.
Greve nas universidades estaduais
Neusa também comentou a greve dos professores das universidades estaduais. “Sabemos que o momento do Brasil é delicado e que o Estado precisa manter o equilíbrio para honrar as contas, mas não podemos cortar salário dos professores pois estão no seu direito legítimo de greve. Peço que o governo dialogue e crie uma agenda positiva para fazer o que for possível pela categoria”, propõe a deputada.