Marcelino Galo propõe homenagem para Eudaldo Gomes da Silva

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O deputado Marcelino Galo (PT) defende que a Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) conceda o título honorífico de engenheiro agrônomo a Eudaldo Gomes da Silva. Ele ingressou no curso da Escola de Agronomia da Universidade Federal da Bahia em 1968, sendo obrigado a abandoná-lo em 1969 por perseguições políticas em função do seu posicionamento contra a ditadura militar. Foi morto em 1973, com 25 anos de idade.

Na indicação endereçada à reitora da Universidade, Galo conta que Eudaldo nasceu em Salvador, filho de pai carpinteiro do Colégio Dois de Julho, que conseguiu uma bolsa de estudos. “Simpático e simples”, viveu na clandestinidade, foi preso em junho de 1970 no Largo da Glória, Rio de Janeiro. Estava ajudando a planejar o sequestro do Embaixador da Alemanha, Ehrenfried von Holleben, para negociar a troca de presos políticos. Eudaldo resistiu “às duras sessões de tortura” e foi banido do Brasil em julho de 1970. Seguiu para a Argélia com mais 39 presos políticos. Logo em seguida, foi para Cuba, onde fez treinamentos para a guerrilha e, de lá, para o Chile. Voltou ao Brasil com o objetivo de rearticular as bases para um congresso e definir novas formas de luta e reorganização da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

Eudaldo da Silva foi assassinado numa operação conhecida como o Massacre da Chácara de São Bento, entre os dias 8 e 9 de janeiro de 1973, “operação conduzida pelo sanguinário delegado Carlos Alberto Augusto, conhecido como ‘Carlinhos Metralha’, do Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo”.

Agência ALBA