A deputada Neusa Cadore (PT) solicitou, na sexta-feira (29), ao Governo do Estado que acate a indicação apresentada na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) para a criação de uma lei de cunho indenizatório com objetivo de reparar os direitos dos cidadãos que foram afastados dos pais por causa da hanseníase.
A indicação foi encaminhada pela parlamentar em 2019 após a realização de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Alba, presidida por ela. A atividade foi realizada em parceria com a ex-vereadora de Salvador, Aladilce Souza, (PC do B) e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).
“Quero me solidarizar com todas as pessoas atingidas de maneira direta e indireta pela hanseníase. É importante salientar que a hanseníase tem tratamento e tem cura. Devemos combater o preconceito que ainda existe em relação a doença e unir esforços para garantir políticas e direitos para as pessoas afetadas”, declarou a parlamentar ao lembrar que domingo (31) é celebrado o Dia Mundial da Luta Contra a Hanseníase.
Neusa denuncia a falta de medicamentos
Esta semana, Neusa fez duras críticas ao governo federal por deixar faltar medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar a hanseníase. A petista, que preside a Comissão de Direitos Humanos da ALBA, citou informações passadas pelo coordenador nacional do Morhan, Arthur Custódio. A entidade recebeu mais de 60 relatos de 16 estados que sofrem com a falta de medicamentos.
“É lamentável que o governo brasileiro haja com tanto descaso na saúde, colocando em risco a vida de milhares de pacientes que já sofrem as consequências da própria doença”, criticou a deputada. Em 2019, Neusa apresentou na ALBA um Projeto de Lei 23.623/2019 para a criação do Dia Estadual de Combate e Prevenção da Hanseníase e o Janeiro Roxo.