O Dia do Cigano foi instituído no Brasil pelo presidente Lula em 2006 e comemorado pela primeira vez no dia 24 de maio de 2007, quando o governo brasileiro, através da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), lançou um carimbo e um selo pelos Correios em homenagem à contribuição que os ciganos deram como facilitadores da comunicação. Com isso, esta semana, o Minuto da Democracia celebrou a passagem da data e recebeu representações importantes da comunidade cigana na Bahia.
“Hoje é um dia importante para nós e o debate é por conta do 24 de maio, instituído pelo nosso presidente Lula há 15 anos em reconhecimento a estes homens e mulheres que tanto contribuíram não só para a história, mas também para a identidade do povo brasileiro”, destacou o líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Osni Cardoso.
Reforçando a fala do líder petista, a doutora em História Social e militante da Secretaria Estadual de Combate ao Racismo do PT Bahia, Cassi Coutinho, afirmou que o Dia Nacional do Cigano é uma data que fortalece a participação do povo cigano tanto na identidade, quanto na história do Brasil. “Ao instituir o 24 de maio, o presidente Lula trouxe a discussão e reflexão sobre a importância desse povo dentro da sociedade, e também deu visibilidade a essa comunidade que é tão marginalizada e vista de forma preconceituosa com uma série de estereótipos e estigmas. Então o Dia do Cigano é o dia que a gente reflete do quão é importante a gente considerar esse povo como pertencente ao nosso país”, defendeu Cassi.
As dificuldades e o preconceito enfrentado pelo povo cigano foram observados pelo vereador de Ribeira do Pombal, Athaide Cigano. O parlamentar falou dos desafios vividos por esta comunidade que, segundo ele, ainda carrega uma imagem negativa e marginalizada. “Essa nossa bandeira não é fácil. Nossa tribo é vista como marginalizada, e tem muitos ciganos por aí, inclusive aqui na Bahia, sendo humilhados e passando fome. Fomos agraciados em 2015 pelo presidente Lula, por nos colocar nesse páreo tão difícil, e reconhecer que nós somos iguais a todos”, disse o vereador.
No Brasil, os ciganos se dividem em três etnias: os Rom ou Roma, provenientes da Romênia, Turquia e Grécia, os Calon, da Espanha e Portugal, e os Sinti, que vieram da Alemanha e da França. Dos que se declaram ciganos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) conseguiu mapear 500 mil pessoas vivendo em 291 acampamentos em 21 estados do país. Segundo o mesmo órgão, a Bahia é o segundo maior estado com concentração de ciganos no Brasil, perdendo apenas para Minas Gerais.
Para o deputado Bira Corôa, a inclusão dos ciganos no grupo dos povos e comunidades tradicionais do país foi um passo importante, uma vez que a comunidade cigana deu uma contribuição significativa na formação identitária do povo brasileiro. “Quero aproveitar este dia para saudar todos os ciganos, ciganas e todos aqueles que representam a identidade sociocultural deste país, e afirmam essa indenidade tão bela que compõe o povo brasileiro e, em especial, o povo baiano”, ressaltou Bira.
O Minuto da Democracia é um programa semanal da bancada petista na Assembleia Legislativa da Bahia, e acontece toda segunda-feira, às 18h, diretamente do perfil do PT na Alba no Facebook. Se você não conseguiu assistir ao programa desta semana, basta acessar o vídeo abaixo.