Galo propõe instalação de um memorial de resistência à Ditadura no Forte do Barbalho

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O deputado Marcelino Galo (PT) solicitou, ao governador Rui Costa e à secretária de Cultura da Bahia, Arany Santana, a instalação de um memorial no Forte de Nossa Senhora do Monte do Carmo, também conhecido como Forte do Barbalho, em Salvador. Com a indicação, apresentada na Assembleia Legislativa, o parlamentar quer possibilitar o resgate da memória das lutas de resistência à ditadura, no espaço que foi o maior centro de tortura dos presos políticos na Bahia.

Segundo o petista, o Forte, cujas instalações foram transferidas pelo Governo Federal ao Estado, destina seu espaço ao fomento de ações culturais e de suporte a produções cinematográficas. A ideia é que o Memorial seja instalado em uma área restrita, convivendo naturalmente com outras atividades.

Galo propõe avançar no debate, não restringindo somente ao período da ditadura, mas abarcando todos os movimentos que lutaram e lutam por direito à liberdade e reconhecimento social. “De Cipriano Barata aos Malês, da libertação dos Escravos ao movimento de afirmação dos Direitos das mulheres, o Forte pode centralizar, documentar e repercutir todo este longo e permanente processo de afirmação dos direitos e defesa da liberdade como valor fundamental”, exemplificou.

Para o legislador, como acontece em São Paulo, o Forte pode ser um destino didático, ponto de encontro e debate para estudantes e para a academia. Também poderá estabelecer convênios com outros centros internacionais dedicados ao tema, como o Museu do Holocausto, ou o Museu do Apartheid, e servir como plataforma para eventos ligados aos movimentos de afirmação de direitos.

“O Forte pode se tornar uma referência para os que ainda sonham com a República Federativa do Brasil verdadeiramente democrática, libertária, justa e solidária”, afirmou.

Diário Oficial da Alba